Atendimento humanizado para pacientes com necessidades especiais
O tema ''humanização'' vem sendo abordado com frequência na literatura da saúde na tentativa de se evoluir no conceito e na prática para a melhoria do cuidado e para a consolidação dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Nestas reflexões, a humanização é focada como uma proposta valorizadora dos aspectos emocionais e subjetivos promovendo a mudança na gestão e nas práticas de saúde.
Paciente com necessidades especiais (PNE) é aquele indivíduo que apresenta qualquer tipo de condição que o faça necessitar de atenção diferenciada por um período de sua vida ou indefinidamente. Essas pessoas necessitam de cuidados médicos e odontológicos direcionados para sua condição, por isso os profissionais da área de saúde devem estar preparados para oferecer um tratamento específico e de qualidade.
Por apresentarem certas limitações (físicas ou mentais), exigem uma abordagem multiprofissional e um protocolo específico para cada caso. Esses pacientes podem apresentar risco elevado para doenças bucais, devido à dificuldade motora/mental para higienização local, e, na maioria das vezes, utilizam medicamentos que podem diminuir o fluxo salivar.
O atendimento a PNE é altamente exigente, requer muita paciência, habilidade e carinho, pois são indivíduos carentes, excluídos de uma sociedade preconceituosa e necessitados de um atendimento especializado. O sucesso do tratamento odontológico em PNE depende não apenas do conhecimento da conduta normal, mas também da natureza das deficiências físicas, intelectuais, emocionais e sociais.
O acolhimento é um dos primeiros passos para que o paciente e sua família se sintam confiantes e confortáveis para iniciar tratamento com o dentista. Isso é essencial, pois muitas vezes o tratamento deve ser realizado com estabilização física e/ou medicamentosa e a família deve estar devidamente informada para a necessidade de uso destas técnicas com um Termo de consentimento livre e esclarecido. Criar vínculos, empregando a escuta, o respeito e o diálogo, são outros pontos importantes para que tudo ocorra bem e no final do tratamento o paciente e familiar não fique sem orientação de como se deve caminhar para manter uma boa saúde bucal.
DE ASSIS, Cintia. Dentistas para lá de especiais. Revista Brasileira de Odontologia, v. 71, n. 1, p. 58, 2014.
DE CASTILHO, Lia Silva et al. Considerações sobre a humanização do atendimento odontológico a pacientes com deficiências de desenvolvimento a partir de um projeto de extensão. Revista Brasileira de Extensão Universitária, v. 5, n. 1, p. 19-25, 2014.
AMARAL, Lais David; PORTILHO,
Jorge Alberto Cordón; MENDES, Silvia Carolina Teixeira. Estratégias de
acolhimento e condicionamento do paciente autista na Saúde Bucal Coletiva.
Tempus–Actas de Saúde Coletiva, v. 5, n. 3, p. 105-114, 2011.
Muito legal
ResponderExcluirAdorei o conteúdo, foi de muita ajuda mesmo! Muito obrigada!!
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